Ao lembrar-me do passado,
E suas doces recordações
Vem à mente revelações,
Sobre esse sertão abençoado,
Da simplicidade que havia
Coisas que antes não existia,
Internet, computador e celular.
Hoje, está tudo diferente
O mundo seguiu em frente,
E continua sempre a mudar.
Os rios já não sentem mais o
calor
Das pessoas que neles iam nadar
Pois ninguém quer mergulhar
Em águas sujas e cheias de mal
odor,
As matas, antes tão cheias de
vida,
Choram pela fauna que foi
perdida.
Ceifada pela cruel extinção,
A grande fartura de tempos
antigos
Que meu avô contava aos amigos
Pouco conhece a nova geração.
Quem hoje em dia vai acreditar
Que belas onças caçavam nessa
região,
Que tatu bola a gente encontrava
no chão
Andando em qualquer lugar.
E quando ainda não tinha energia
As velhas estórias que pai dizia
Eu não troco por nenhuma
televisão.
Em suas areias acabou por sepultar
Velhas lembranças desse amado sertão.
Gilberlandio Francisco - 30/03/2022