Eu canto a tristeza por não ter ninguém,
Eu canto este canto porque vivo só,
Nas noites de lua que a praia incendeia,
Eu deixo meus rastros de dor sobre o pó.
Eu ando na noite que a brisa me envolve,
A chuva me molha, meus olhos se fecham.
Eu peço as estrelas que me tragam um alento,
Até mesmo as estrelas sozinha me deixam.
Eu solto um grito, mas ninguém me escuta
Num beijo de sonhos, de perfume e de mel,
Meu corpo se curva de dor consumido,
Parece esse beijo ter gosto de fel...
Me leva, me mata, me cura do mal...
Que golpeia meu peito que sangra cansado
De tanta saudade, de tanta tristeza...
De tanto chorar e não te ver ao meu lado.
Vem bela e faceira, rainha das flores,
Alma encantadora que encanta os amores,
Vem dá-me alegria que me faz delirar,
Não quero ser triste, nem sofrer tantas dores.
Vem filha das matas, dos campos e mares,
Dá-me tua força, me leva os pesares,
Me envolve em teu colo de calor intenso,
Me Joga no mundo por onde passares.
VALDEMARIM, Maria Vianey de Lima. "SAUDADE". In: 1ª Antologia da Sociedade dos Poetas e Escritores do Pajeú - SOPOESPA. PE - 2005. Pag, 146.
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